Sempre tive essa convicção apesar de muitas vezes me chicotear com o melhor que os outros podem ser e escrever. Apesar de já ter me perdido e ainda me perder diante de tantas possibilidades profissionais pelo caminho.
Mesmo no mundo da escrita, não basta só saber escrever. Escrever o que? Que gênero? Publicar aonde? Pra quem? São muitas perguntas para se contentar só com aquela convicção.
Talvez eu seja uma Joana Darc da literatura, talvez um João ninguém, mas existe uma voz aqui dentro que grita pra sair em forma de escrita, mesmo sem saber a direção.
Às vezes ela grita comigo, me xingando por eu ditar tantas regras. Ela só quer se livre e experimentar como se sai em cada possibilidade. Por que preciso definir tudo agora?
Mas eu sou eu e, sendo eu, sigo uma predisposição para definir o pra sempre. Mesmo já tendo aprendido que ele geralmente acaba, eu insisto.
Só sei que sei escrever não me basta. Busco uma segurança que mora no mesmo mundo encantado do pra sempre, talvez até no mesmo castelo, que não me dá uma chance sequer de provar seu gostinho.
Aí, nessas horas, a voz que grita pra ser escrita chega sem ser convidada e me diz bem baixinho: “você já fez a sua escolha”.
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