Você já deve ter visto que escrever, hoje em dia, não é só hobby ou uma tarefa restrita a escritores ou amantes da literatura. Escrever para a sua própria marca é uma necessidade que você não deveria mais fingir que não é com você.
Mas te entendo perfeitamente porque existem alguns mitos em torno da escrita que fomos ouvindo durante muito tempo e aceitando como verdades absolutas. E contra verdades tão enraizadas, ninguém tem coragem de discutir, não é?
Mas, pelo bem da sua marca, do seu negócio e do seu público, precisamos quebrar esses mitos, um a um, sem um pingo de dó. Vem comigo que essa briga vale à pena!
Mito 1: “Não tenho o dom da escrita”
Lembrei do desenho animado My Little pony, em que cada cavalo nasce com o seu dom escrito no corpo, como um selo. Que praticidade, não acha? Eu acho essa ideia fantástica, mas, na vida real e adulta, temos que identificar o nosso propósito para encontrar um trabalho que nos realize e pague nossas contas.
O que quero dizer que não viemos ao mundo com nossas profissões definidas. Por isso, essa ideia de que cada um de nós tem um dom indiscutível pode ser tóxica.
Por que usei uma palavra tão forte? Pra chamar a atenção para a gravidade do assunto. Ter um dom me parece algo definitivo demais para a nossa vida atual. Pressupõe que você não precisa buscar e desenvolver outras aptidões, que não deveria querer ir para outro caminho. E se for um “dom” presente em outras pessoas da família, mais definitivo e impositivo ele se torna, concorda?
Mas é claro que temos aptidões na vida. Umas bem claras e outras bem escondidas, mas que, se praticadas, podem virar capacidades. Esse é mais um ponto crítico do “dom”, porque ele dá a ideia de que nasceu pronto e que não precisa ser lapidado. Por exemplo, se alguém nasceu com o dom da música e da voz, só precisa cantar que as portas se abrirão, produtores e fãs farão fila na porta e a pessoa só vai precisar lidar com tanta fama e dinheiro (o que, convenhamos, também não é uma tarefa fácil).
Mas sabemos que não é assim que acontece, na maioria dos casos. Então, quebre esse mito, antes que o “dom” te limite e te acomode, certo?
Mito 2: “Nunca fui bom em Português” ou “Sempre odiei humanas!”
Esse mito é um clássico desde os tempos de colégio, não é? Quem nunca se enquadrou ou foi enquadrado na categoria “humanas” ou na categoria “exatas”? E aí existem 2 problemas, na minha opinião. O primeiro é que a pessoa que é de uma categoria passa anos tentando ser mais ou menos naquela em que não é bom, ao invés de focar naquela que ele é melhor. Mas essa é uma discussão bem maior, que envolve todo o sistema educacional.
O outro problema é que, se você foi classificado como de “exatas”, está praticamente fadado a não gostar de escrever. Aí você aceita isso e nem tenta escrever, afinal, você é de “exatas” e odeia Português, Literatura e escrever, claro.
A escrita é uma prática, não é um dom todo poderoso e definitivo. Então, é possível sim que você comece a gostar de escrever à medida em que você vai escrevendo. Não aceite esse mito. Não aceite essa limitação, por favor.
Mito 3: “E se copiarem o meu conteúdo e os meus diferenciais?”
Esse mito também é um clássico! Tem muita gente, muita mesmo, que tem medo de dar dicas, através de seus conteúdos, porque os concorrentes podem copiar e descobrir os diferenciais do seu trabalho.
Quem se expõe ajudando as pessoas pode até correr esse risco, mas terá chances muito maiores de ser lembrado na hora da decisão de compra do seu público. E desconfio que é impossível copiar um conteúdo inédito e autêntico por muito tempo.
Quem se esconde não é copiado, mas também não é lembrado. Perca esse medo e quebre esse mito o quanto antes, certo?
Mito 4: “Não tenho tempo para escrever”
A verdade é que o mito do tempo escasso é só uma desculpa para não admitir que essa não é a sua prioridade. Tempo é só uma questão de dar importância para uma atividade e para o resultado dela. Avalie as suas prioridades e veja se, por acaso, vender mais e se aproximar do seu público não estão nesse grupo. Repense esse mito.
Mito 5: "Não sei sobre o que escrever"
Para mim, escrever é, antes de tudo, uma ferramenta de autoconhecimento. Comece a escrever para você mesmo, com assuntos que deixam você confortável ou desconfortável, dependendo do seu objetivo.
À medida que você se sentir mais seguro, exponha seus textos, com medo mesmo. Se acostume a ele. E sobre os assuntos, pesquise o que o seu público quer saber, suas dúvidas, suas preocupações, suas alegrias e seus objetivos.
Escreva principalmente sobre assuntos os quais você domina, gosta e quer que seu nome e sua marca estejam vinculados.
Mito 6: "E se me criticarem nas redes sociais?"
Esse mito é mais medo do que qualquer outra coisa. E a resposta é bem simples: não podemos evitar as críticas. O importante é escrever sem impor a sua verdade como a única existente e sem ofender as opiniões contrárias.
Evitar assuntos muito polêmicos também pode ser uma boa, até porque o objetivo não é brigar nas redes sociais e nem se expor a discussões sem fim. Cada um tem a sua opinião, os seus valores e não podemos escrever com o objetivo de ensinar as pessoas, mas sim, com o intuito de trocar ideias e experiências sobre um assunto.
Sendo assim, o medo das críticas fica sem sentido, não acha? Se elas aparecerem, responda educadamente e siga escrevendo.
Mito 7: "Se eu começar a escrever, vou ter que escrever sempre"
Esse medo de se comprometer com o seu próprio conteúdo é normal, mas só aparece porque você talvez ainda não tenha visto como uma atividade rotineira do seu negócio.
Como já falei antes, escrever é uma prática que, com o tempo, vai se tornando parte das atividades da sua semana, sem doer. Dê o primeiro passo. Os resultados vão aparecendo, você vai gostando mais de escrever e, quando você menos esperar, vai virar uma rotina prazerosa na sua vida.
Mito 8: "E se eu errar?"
Errar é humano, mesmo que essa frase seja batida, ela é muito verdadeira. E o humano está na moda, lembra? Então, errar faz parte da sua jornada, do seu aprendizado e da sua vida.
Aprenda a lidar naturalmente com os erros e tire proveito de cada um deles. Erros na escrita são muito comuns, portanto, não se culpe, combinado? Você não será o primeiro, nem o último e nem o único a ter erros nos seus textos. O importante é estar atento e tentar evitá-los. O hábito da leitura também ajuda nesse processo.
Depende de você aceitar esses mitos como desculpas para não escrever ou dar o primeiro passo para mudar esses conceitos e crenças sobre a escrita. Tenho certeza de que você tem muito a ganhar com essa mudança de atitude.
Vamos começar?
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