Você já se deparou com uma ideia genial e se perguntou: “como não pensei nisso antes?” Aposto que sim! Aí, colocamos a pessoa que teve a ideia em um pedestal e o restante da humanidade abaixo da sola do pé dela.
Estou exagerando de propósito, porque acredito que a genialidade não é uma coisa fora da minha e da sua realidade, não é restrita aos grande gênios que conhecemos, aqueles que, muitas vezes, somente após a morte são reconhecidos.
A genialidade está na simplicidade. Mas não confunda simples com fácil. Não é fácil ter uma ideia que desperte: “como não pensei nisso antes?” Ela vem quando aprendemos a ler as pessoas e os sentimentos, quando buscamos a essência das coisas, quando paramos de tentar alcançar o complexo.
E por que precisamos de gênios, afinal?
Para nos inspirar, para irmos além (estudar mais, pesquisar mais um pouco, tentar só mais uma vez), ah sim, e para acreditarmos que também podemos ser gênios. Não! Não precisamos nos nivelar a eles, o problema está todo aí, quando tentamos ser igual a alguém, seja ele gênio ou não.
O que você pode fazer?
Ir além dos seus limites, estipulados sabe-se lá por quem. Você pode fazer a diferença com as suas ideias e com o seu trabalho, sem ser um gênio consagrado ou sem querer ser um para isso.
Vejo muitos escritores, por exemplo, querendo escrever como outros grandes escritores. Nesse caso, não se trata da busca pela inspiração, mas sim, de uma obsessão pela frustração, porque ela é a única coisa certa nesse processo.
No momento em que você tenta se igualar a alguém, você perde o brilho que faria de você diferente dos outros, com aquele algo a mais que se sobressai no meio de tanta gente tentando ser gênio.
No último final de semana, fiz um curso sobre Storytelling com um dos maiores especialistas mundiais no assunto, o James McSill. Só esse enunciado já assustaria, não é?
Mas pelo contrário, ele aproximou as pessoas através da simplicidade dele, do jeito de falar, de contar a própria história e de nos ensinar a contar as nossas, de um jeito simples e único. Toda a complexidade se transformou em um aprendizado leve e fácil de aplicar.
Fiquei pensando, por que todas as aulas não são assim? Por que todos os professores não fazem o mesmo? Porque cada um tem uma forma de expressar o seu conhecimento e, se todos fizessem a mesma coisa, todas as aulas seriam iguais e monótonas. Se fosse assim, a gente faria só um curso na vida.
Então, assuma os seus diferenciais, o seu jeito de ser, de trabalhar, de ensinar, de aprender. Busque esse brilho, não olhando para os outros, mas dentro de você mesmo. É só lá que você pode encontrar o melhor que você pode ser. Se tiver um gênio aí dentro, ótimo, mas se não tiver, com certeza existe o melhor de você para mostrar ao mundo!
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