Assim como eu, você já deve ter escutado muita gente falando que ninguém quer ler textos na Internet, que é perigoso expor suas ideias, que o LinkedIn não é pra todo mundo e blá, blá, blá.
Sempre vai existir uma objeção quando se pensa em publicar alguma coisa, seja ela vinda de outras pessoas, seja da sua própria cabeça. O que não faltam são argumentos contra, não é mesmo?
Por exemplo, na semana passada, li um texto que criticava (pelo menos foi assim que eu recebi a mensagem) o excesso de conteúdos que estão publicando hoje, muitos deles sem qualidade.
Aí eu me questionei: o que pode ser considerado um conteúdo de qualidade? Um texto cheio de dados e estudos científicos?
Não vejo dessa forma. Entendo que um conteúdo pode ser de qualidade para mim e pode não ser para você. Depende muito do momento de quem o lê, da bagagem que o leitor carrega consigo (cultural, intelectual e experiencial) e de muitos outros fatores.
Observação importante: os conteúdos que são cópias descaradas de outras publicações não entram nessa discussão de qualidade, certo?
Mas esse é somente um argumento contra a criação de conteúdo. Agora vou dar mais alguns exemplos e, abaixo de cada um, vou sugerir um contra-argumento, combinado?
Argumento 1: Ah, mas somos bombardeados por informações de várias fontes, de todos os lados, todos os dias.
Contra-argumento 1: Sim, de fato! Hoje a informação é acessível e elevada à infinita potência. Mas o que nós fazemos diante disso? Não lemos nada? Fugimos de tudo?
Não mesmo!
Nós filtramos as fontes, selecionamos os profissionais que são referências para a nossa área de atuação e com os quais nos identificamos, alguns poucos sites nos quais confiamos e era isso.
Argumento 2: Cuidado, na Internet, tem muita gente que só fica criticando os outros. Você não tem medo que aconteça com você?
Contra-argumento 2: Se você não se expor, você vai continuar não sendo visto, muito menos ser referência na sua área algum dia. Você só conseguirá isso se sair do seu esconderijo seguro.
Argumento 3: Você não tem medo de parecer ridículo com textos low-profile, sem curtidas e visualizações?
Contra-argumento 3: No início, é provável que isso aconteça mesmo. Mas, aos poucos, através do seu conteúdo, você vai formando a sua audiência, furando a fila, aparecendo para o seu público, até ser uma daquelas fontes que ele acessa diariamente. Persistência é a palavra de ordem!
Argumento 4: Quando falo sobre a importância de ter artigos no site, no blog e no LinkedIn, o argumento que mais escuto é o de que ninguém quer ler textos, ainda mais se forem longos.
Contra-argumento 4: Todos têm tempo e paciência para aquilo que acreditam ser prioridade nas suas vidas. As pessoas querem ler textos, independentemente se são grandes ou pequenos, com a condição de que sejam relevantes para elas.
Portanto, um texto que aborde questões importantes para as pessoas, que as ajudem em alguma coisa nas suas vidas, elas tendem a ler, mesmo que seja uma longa história.
O importante não é o tamanho do texto, mas sim, a qualidade e a relevância. Então, esqueça o número de palavras e concentre-se em agregar valor ao seu conteúdo e com o seu conteúdo.
Isso vale também para os cursos.
As pessoas fazem cursos que elas consideram fundamentais para as suas carreiras, mesmo que eles sejam ministrados longe das suas cidades, que exijam um considerável investimento e muito tempo da sua semana.
Isso vale também para as músicas.
Enquanto eu escrevia, lembrei das músicas gigantescas e praticamente sem refrão do Renato Russo. Canções que quebravam todas as regras das músicas comerciais, mas que são lembradas até hoje, do início ao fim, por muita gente, como eu.
“Músicas-textão”, mas com conteúdo de sobra, com mensagens e críticas relevantes para o público do Renato Russo e da Legião Urbana. Definitivamente, é isso que importa!
Então, o que fazer em meio a tantos argumentos e contra-argumentos?
Primeiro, não pire!
Segundo, continue escrevendo, se expondo, publicando (mesmo com medo), comentando artigos e posts de outros profissionais (só se você tiver alguma coisa a agregar ou se o texto significou algo para você).
Continue aprendendo sempre, através de conversas online e offline, eventos, cursos, palestras e livros.
Quanto mais você aprender, mais você terá conteúdo para passar adiante e mais ideias você terá. Coisa bem boa!
Enfim, a gama de possibilidades é extensa para você criar uma imagem forte através do seu conteúdo.
Então, assuma os seus textos, sendo grandes ou pequenos, não abra mão da qualidade e divulgue-os aos quatro cantos do mundo, mesmo com todas as objeções que surgirem no seu caminho!
Boa sorte para nós!
E me conte, quais as objeções que você mais ouve? Não esqueça dos contra-argumentos também.